O Hiperparatireoidismo é uma condição caracterizada pelo excesso do hormônio paratormônio, cuja função é regular os níveis de cálcio, vitamina D e fósforo no sangue e nos tecidos, como os ossos.

As glândulas paratireoides, localizadas no pescoço e do tamanho de um grão de arroz, são responsáveis pela produção desse hormônio. Existem duas formas dessa condição:

  1. Hiperparatireoidismo Primário: Nesse caso, o excesso de paratormônio ocorre devido ao trabalho excessivo de uma ou mais glândulas paratireoides, resultando em hipercalcemia, um aumento do cálcio no sangue. As causas comuns incluem adenomas (tumores benignos) ou hiperplasia (crescimento excessivo das glândulas).
  2. Hiperparatireoidismo Secundário: Aqui, o excesso de paratormônio é uma resposta a níveis baixos de cálcio no sangue, causados por condições subjacentes como deficiência de cálcio, vitamina D ou insuficiência renal crônica.

Os sintomas geralmente incluem fadiga, dor óssea, depressão e, em casos mais graves, osteoporose, cálculos renais e distúrbios gastrointestinais.

O diagnóstico é confirmado através de exames de sangue para medir os níveis de cálcio e paratormônio, juntamente com outros testes como densitometria óssea e exames de imagem renal.

Os fatores de risco incluem idade avançada, histórico familiar, deficiência de cálcio/vitamina D e exposição à radiação.

O tratamento varia de acordo com a causa e a gravidade, podendo incluir cirurgia para remover as glândulas afetadas, medicamentos como calcimiméticos ou bisfosfonatos, e mudanças no estilo de vida, como dieta rica em cálcio e vitamina D e exposição solar adequada.

É crucial seguir as orientações médicas, pois o Hiperparatireoidismo não tratado pode levar a complicações como osteoporose, cálculos renais e doenças cardiovasculares.

Dr Victor Menezes é Endocrinologista, especialista em Saúde Óssea, formado na Universidade de São Paulo (USP-SP)